História da Doença Atual
Paciente relatava dor abdominal, associada a icterícia há 3 dias.
Antecedentes Pessoais Patológicos e Familiares
- Colecistectomia vídeolapararoscópica + derivação biliodigestiva (hepático-jejunal) há 2 anos;
- Nega alergia medicamentosa;
- Nega HAS, DM e outras patologias;
- Nega etilismo e tabagismo.
Evolução
* CVL: Colecistectomia Videolaparoscópica | ABD: Anastomose Biliodigestiva
Exame Físico
- Regular estado geral, orientada, eupnéica, normocorada, ictérica (3+/4+);
- Aparelho Cardiovascular: RCR em 2T, BNF, s/ sopros;
- Aparelho Respiratório: MV + em AHT, s/ RA;
- Abdome: Globoso, flácido, doloroso à palpação em hipocôndrio direito e em flanco direito, ruídos hidroaéreos presentes, sem massas palpáveis;
- Extremidades: aquecidas, perfundidas, sem edemas.
Exames Complementares
Cultura de secreção do abscesso (28/05/2013): E. coli
Hipótese Diagnóstica
- Colangite;
- Estenose da anastomose.
Conduta
- Antibioticoterapia;
- Drenagem da Via Biliar e Dilatação da Estenose;
Evolução
Conduta
28/05/2013 – Drenagem de coleção líquida, sendo colhido material para análise.
Cultura de secreção do abscesso (28/05/2013): Escherichia coli
Evolução
Evolução
RM do Abdome Superior
Evolução
Evolução
Paciente evoluindo com melhora do quadro: alívio da dor e da icterícia.
Discussão
Abscesso Hepático Piogênico
- Patogênese: ocorre quando o inóculo da bactéria excede a capacidade do fígado de eliminá-la;
- Invasão de tecido -> infiltração de netrófilos e formação de abscesso organizado;
- Obstrução Biliar -> estase de bile -> colonização e infecção bacteriana -> ascensão fígado;
Indicações
The main indications for a percutaneous treatment of a postoperative benign biliary stricture are:
(1) poor patient’s general condition that does not permit another surgical intervention,
(2) presence of altered anatomy that does not permit the endoscopic approach;
(3) septic status that requires a quick approach for decompression of the biliary tree.
Objetivos
Melhorar e manter a permeabilidade do ducto biliar, bem como prevenir a recorrência de estenose através de um procedimento minimamente invasivo.
Dilatação com balão
- Balões maiores -> utilizados para a estenose do ducto biliar comum;
- Anastomoses biliares entéricas -> dilatação com um balão maior (10 a 20 mm de diâmetro);
Dilatação deve ser lenta e progressiva
- Evitar laceração do ducto biliar;
- Evitar sangramento no sistema biliar -> estenose fibrótica;
O tipo da estenose é importante na definição da resposta do dilatação.
Estenoses de anastomose X Estenoses não anastomótica
Estenose recorrente após dilatação de estenose biliar benigna pode ocorrer em 29-58% dos casos;
Para evitar esta complicação -> pode ser necessário “stent”. Uso do stent após a dilatação é controverso -> sucesso a longo prazo x pode estimular reação inflamatória, fibrose e formação de cálculos;
Nos últimos 30 anos, o tratamento percutâneo da estenose biliar benigna, com dilatação com balão e implante de stent, tem sido amplamente aceito como uma opção terapêutica válida com baixa taxa de complicações.