Também de forma inédita em Alagoas, foi implantado pela primeira vez um stent farmacológico, desenvolvido especialmente para uso em vasos periféricos. Tal stent é revestido com uma medicação – Paclitaxel – que evita a proliferação celular na parede do vaso, que promove a obstrução do stent ao longo do tempo. “Os estudos publicados até o momento dão conta que o uso deste stent farmacológico reduz a taxa de nova obstrução do stent em 50% no acompanhamento de dois anos, quando comparado com o uso do stent convencional. A utilização do stent farmacológico é benéfico principalmente nos pacientes diabéticos e com insuficiência renal crônica, que têm grande tendência a obstrução precoce do stent”, explicou Medeiros.
Esse outro paciente foi tratado em fevereiro de 2012, por obstrução de toda artéria femoral superficial direita, com implante de 2 stents convencionais com sucesso total, ficando com resultado angiográfico perfeito e o paciente com melhora clínica excepcional. Entretanto, no acompanhamento de rotina foi detectado obstrução dos stents após 8 meses do primeiro procedimento. Por se tratar de paciente diabético com obstrução muito precoce dos stents, foi então optado pelo uso de 2 stents farmacológicos com objetivo de evitar nova obstrução. O procedimento transcorreu com sucesso e sem intercorrências e o paciente recebeu alta no dia seguinte com pulsos presentes até o pé. Veja o resultado nas imagens (caso 2).
“Estes novos dispositivos endovasculares devem ser utilizados quando há indicação precisa, pois aumentam o custo do procedimento. Os exemplos acima mostram o espírito vanguardista de nossa equipe, buscando sempre o que há de melhor para nossos pacientes”, conclui Márcio Medeiros.