O que é Câncer?
Normalmente, as células crescem e dividem-se para produzir novas células quando o corpo necessita. Células velhas eventualmente morrem e as novas células as substituem. Algumas vezes, este processo organizado apresenta falha: novas células são produzidas quando o corpo não precisa delas e as células velhas não morrem quando deveriam. Estas células extras podem formar uma massa de tecido, conhecido como tumor. Tumores malignos são anormais e suas células dividem-se sem controle e organização. Metástases ocorrem quando uma ou mais células se espalham na corrente sanguínea ou no sistema linfático, se transferindo para o outro orgão, multiplicando-se e crescendo.
Diagnóstico do Câncer
Vários testes ajudam a fazer o diagnóstico do câncer, incluindo:
– Exames de sangue;
– Exame clínico com seu médico;
– Exames de imagem;
– Biópsia (amostra de tecido retirado do tumor para ser examinado pelo patologista ao microscópio). A cirurgia é, algumas vezes, realizada para obtenção de uma amostra de tecido para biópsia. Porém, na maioria dos casos, estas amostras de tecidos podem ser obtidas sem cirurgia, através das técnicas minimamente invasivas da radiologia intervencionista.
Biópsia por agulha
É chamada de biópsia guiada por imagem. É geralmente realizada através das imagens de Radiografia, Tomografia Computadorizada e Ultrassonografia para guiar o procedimento, o que permite visualizar o corpo por vários ângulos. Opções de Tratamento
Radioterapia: Altas doses de Radiação direcionadas para destruir o tumor. Geralmente requer várias sessões.
Quimioterapia: Medicações são usadas para destruir o tumor. Dependendo do caso, a quimioterapia pode ser administrada de diferentes formas. Quando numerosas sessões são necessárias, algumas vezes, seu oncologista solicita a colocação de um cateter totalmente implantável, conhecido como Portcath. Este tipo de cateter fica totalmente abaixo da pele e permite múltiplas punções evitando a inflamação das veias e a dor, que ocorre com a injenção de certas drogas.
Cirurgia: A cirurgia pode remover o tumor, oferecendo melhores chances de cura. Infelizmente, há casos em que o tumor não pode mais ser operado devido ao tamanho ou à ocorrência de metástases.
Tratamentos Intervencionistas
Quimioembolização hepática
Sob anestesia local, um cateter é inserido através da artéria femoral na virilha e é avançado até a artéria hepática. Através dele, injeta-se drogas quimioterápicas em altas doses junto com a injeção de pequenas partículas que vão bloquear a circulação de sangue para o tumor. Com a injeção da droga feita diretamente no tumor e a nutrição do tumor bloqueada, existe maior chance de destruição do tumor sem causar tantos efeitos colaterais. Em alguns casos a embolização pode reduzir muito o tamanho do tumor, tornando o paciente candidato à cirurgia. Em outros, a quimioembolização controla os sintomas do tumor e melhora a qualidade de vida.
Radioblação de tumores do fígado
Sob anestesia local e sedação ou sob anestesia geral, o tumor é diretamente puncionado através da pele, com uma agulha. A agulha é conectada a uma fonte externa que libera uma energia chamada de “radiofrequência”. O calor gerado destrói o tumor. A aplicação desta técnica em tumores pequenos tem chance de cura similar à cirurgia aberta e por ser minimamente invasiva, permite sua aplicação em maior número de pacientes. Em casos nos quais os tumores são maiores, a quimioembolização prévia pode regredir o seu tamanho, permitindo a aplicação de radiofrequência com melhores chances de cura.
Ablação por Radiofrequência de tumor de pulmão
Sob anestesia geral e guiado por tomografia computadorizada, o intervencionista posiciona uma agulha no tumor através da pele. A agulha é conectada à fonte geradora, que libera a radiofrequência dentro do tumor. A ablação por radiofrequência oferece um tratamento não cirúrgico que destrói o tumor através do calor.
Visto que boa parte dos pacientes com câncer no pulmão apresen- tam contraindicação à cirurgia convencional em decorrência do risco cirúrgico elevado, esta técnica permite a destruição do tumor com preservação do tecido pulmonar sadio.
Ablação por Radiofrequência de tumor de rim
Guiado por tomografia computadorizada, o intervencionista posiciona uma agulha no tumor através da pele. A agulha é conec- tada à fonte geradora, que libera a radiofrequência dentro do tumor. Nos casos em que o paciente apresenta um único rim funcionante e em pacientes com risco cirúrgico elevado, esta técnica permite a destruição de pequenos tumores renais, preservando o tecido renal normal.
Ablação por Radiofrequência de metástases ósseas
Por vezes, as metásteses em óssos podem ser bastante dolorosas. Em casos que não há controle da dor com uso de medicações, a radioblação também pode ser utilizada para destruição tumoral.
Tratamentos para Complicações do Câncer
Há uma série de procedimentos intervencionista que é usada para tratar as complicações do câncer: dor, sangramentos, obstruções de órgãos vitais, tromboses, embolia pulmonar e infecções. Embora estes tratamentos não tenham intenção de curar o câncer, podem deixar os pacientes mais confortáveis e aumentar a expectativa e a qualidade de vida. Exemplo: tratamento de hemorragias, drenagem de abscessos e outras coleções e drenagem das vias biliares com e sem implante de stents.
Como os procedimentos intervencionistas podem melhorar o tratamento do câncer?
- Só requerem curta internação e alguns podem ser realizados sem necessidade de internação;
- Oferecem novas opções de tratamento ao câncer;
- São menos dolorosos e incapacitantes para os pacientes;
- Rápida recuperação;
- Têm menos efeitos colaterais e complicações.
Entrevista com Dr. Márcio Medeiros
A Radiologia intervencionista e a cirurgia endovascular apresentam uma atuação especializada e inovadora no tratamento de diversas doenças, através de técnicas endovasculares associadas com os avanços dos métodos de imagem. Conheça informações esclarecedoras a cerca das especialidades de atuação do Dr Márcio Medeiros.
Em quais aspectos a radiologia intervencionista pode ajudar na cura/tratamento de doenças?
Radiologia Intervencionista é uma especialidade médica que atua através de procedimentos minimamente invasivos nos diversos sistemas e órgãos do corpo humano. Isto é possível porque visualizamos a área a ser tratada através de métodos de imagem como tomografia, ultrasonografia e imagens de raio x.
Como são realizados esses procedimentos?
É possível realizar procedimentos complexos sem a necessidade de incisões, pois realizamos o procedimento por pequenas punções guiadas por esses métodos de imagem. Literalmente, vemos o que estamos fazendo através de imagens. Para tanto, utilizamos cateteres, guias, balões, stents, molas e outros dispositivos.
Quais as vantagens desse procedimento?
Através dessa técnica, há uma recuperação mais precoce e retorno mais rápido às atividades cotidianas. A maioria desses procedimentos é realizado sob anestesia local e sedação, reduzindo o risco de complicações anestésicas.
Qual a diferença entre a cirurgia vascular e endovascular?
A cirurgia endovascular é a utilização das técnicas minimamente invasiva da radiologia intervencionista aplicada às doenças vasculares, realizando procedimentos no interior dos vasos, sem a necessidade das incisões que a cirurgia vascular convencional necessita. Assim podemos tratar aneurismas e obstruções dos vasos de todo o corpo sem a necessidade de grandes incisões.
Em quais doenças podemos indicar esta técnica?
São muitas as doenças que podemos tratar e por isto estamos conectados com as demais especialidades médicas. As indicações mais frequentes são angioplastias, tratamento de aneurismas, tratamento de miomas uterinos, tratamento de tumores hepáticos, tratamento de hemorragias em geral, tratamento do acidente vascular cerebral e muitos outros procedimentos.
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