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Aneurisma da aorta: Um problema silencioso

O aneurisma é uma dilatação maior que uma vez e meia o diâmetro normal do vaso. Caso este aumento de calibre seja menor, chamamos de ectasia do vaso. A Aorta é o maior vaso arterial do corpo, distribuindo o sangue bombeado do coração a todos os demais órgãos do corpo.
A aorta apresenta uma porção torácica e outra abdominal. Os aneurismas da aorta abdominal são 4 a 5 vezes mais freqüentes que os da aorta torácica e tem ocorrência maior em homens, em tabagistas e em maiores de 50 anos de idade. O histórico familiar de aneurismas também aumenta a chance de se ter um aneurisma de aorta.
Como geralmente são assintomáticos, os aneurismas muitas vezes só são descobertos incidentalmente através exame físico ou através de exames de imagem (ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética). O grande problema desta doença é que ela geralmente é silenciosa, até que ocorra a rotura do aneurisma. A rotura do aneurisma é uma emergência médica gravíssima, com taxas de mortalidade muito elevadas.
Quanto maior o diâmetro do aneurisma maior o risco de rotura. Assim, aneurismas de aorta abdominal com diâmetro menor que 4 cm tem risco de rotura de menos de 10% ao ano, enquanto que com os diâmetro entre 5 e 6 cm o risco sobe para 25% ao ano, chegando à 60% nos aneurismas de mais de 10 cm de diâmetro.
Classicamente o tratamento dos aneurismas de aorta são realizadas por meio de cirurgia aberta convencional. São cirurgias de grande porte, sob anestesia geral, com perda sanguínea que frequentemente necessita de transfusão. O paciente deve ter boas condições de saúde para ser submetido a este tipo de cirurgia convencional. A recuperação pós operatória é lenta e dolorosa em decorrência de grandes incisões.
Com o desenvolvimento da radiologia intervencionista e cirurgia endovascular tornou-se possível o tratamento através de implante de endopróteses (tratamento por cateter). Com esta técnica estes procedimentos são realizados de maneira minimamente invasiva, sem necessidade das incisões torácicas ou abdominais e semobrigatoriedade de anestesia geral. O tempo de internação e recuperação pósoperatório é bem mais curto uma vez que o trauma cirúrgico é mínimo. Com o uso esta técnica é possível minimizar as chances de complicações.
Márcio F C Medeiros
CRM/AL 5031
Especialista em Radiologia intervencionista pela Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular/ Colégio Brasileiro de Radiologia (SOBRICE/CBR)

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