A prevalência do aneurisma de aorta abdominal vem aumentando nos últimos anos e atualmente sabemos que de cada 100 pessoas, até 4 apresentam aneurisma de aorta abdominal.
Atualmente estima-se que 2 a 4 % da população apresentam esta doença. Isto equivale dizer que em numa população como a do estado de Alagoas, com cerca de 2 milhões de habitantes, existem entre 40 e 80 mil pessoas portadores de aneurisma de aorta abdominal. Número bastante expressivo.
Existe um aumento da prevalência conforme a idade, sendo de 3% acima de 50 anos, 6% por volta dos 65 anos e 10% após os 80 anos.
A história natural do aneurisma de aorta abdominal demonstra o aumento contínuo do diâmetro da dilatação culminando na maioria das vezes com ruptura seguida de morte. O risco de ruptura é proporcional ao diâmetro do aneurisma, com uma taxa anual de 0% para menores de 4 cm de diâmetro, 1% entre 4 e 4,9 cm de diâmetro, 11% entre 5 e 5,9 cm de diâmetro, e 25% ou mais para maiores que 6 cm de diâmetro.
A ruptura do aneurisma acaba com uma hemorragia fatal em cerca de 90% dos casos. Portanto, todos aneurismas que estão crescendo rapidamente ou têm mais de 5 cm de diâmetro, devem ser considerados para tratatamento, devido ao risco de ruptura.
Atualmente podemos realizar tratamento por via completamente endovascular – por meio de cateteres, stents ou endopróteses – sem a necessidade da cirurgia convencional. Esta técnica menos agressiva, permite menores taxas de complicações, menor tempo de internação e retorno precoce para as atividades cotidianas.