A cirrose hepática é a principal causa do câncer no fígado. A doença pode ser decorrente da Hepatite B ou C e do alto consumo de bebidas alcoólicas, além de outros fatores. Normalmente os sintomas do câncer de fígado só aparecem em estágios mais avançados da doença, por isto, é importante que pessoas que tenham fatores de risco realizem exames de triagem para detecção nos estágios iniciais, quando os tumores no fígado podem ser curáveis.
Existem diversos tratamentos, dependendo da fase em que esse tumor se encontra. Quando ele ainda está pequeno, as alternativas são transplante hepático, resseção cirúrgica ou ablação. A ablação percutânea ou radioablação, é uma alternativa menos invasiva às duas anteriores e é indicada quando o tumor possui menos de 5cm de diâmetro. A ablação utiliza uma sonda, inserida da pele até o tumor, para transmitir uma corrente de alta frequência que o aquece e destrói as células cancerígenas.
Para o tratamento de tumores no fígado em estágio mais avançado, com mais de 5cm ou mais de três tumores maiores que 3cm, a quimioembolização é a melhor opção. Ela é feita através da inserção de um cateter através da virilha, que chega até os vasos que nutrem o tumor, onde são injetadas as drogas quimioterápicas e pequenas esferas que bloqueiam o fluxo de sangue. Com as drogas e sem sangue, o tumor tende a regredir.
Os tratamentos tendem a ter uma boa chance de cura, especialmente se o câncer for descoberto no início. Porém, é bom prevenir fatores que levam frequentemente ao aparecimento do câncer. A cirrose e os vírus das hepatites B e C são os principais fatores de risco para os tumores de fígado. Para sua prevenção, a principal forma é evitar o consumo abusivo de álcool, proteger-se durante contato com sangue e relações sexuais com pessoas infectadas pelo vírus da hepatite B ou C. Além da vacina contra a hepatite, vale a pena ter o cuidado de não compartilhar objetos de uso pessoal, exigir materiais descartáveis ao fazer tatuagens e usar preservativos em relações íntimas.